terça-feira, 27 de setembro de 2011

Quando cessaram as cores.



Quando cessaram as cores.

Quando cessaram as cores...
O preto que eu conhecia,
deu lugar ao negro escuro do medo.
O colorido ficou cinzento,
perdeu-se o verde das florestas,
dos jardins multicores em varias flores;
o azul celeste do céu
e o azul_verde_água... Mar!
Perdeu-se o verde brilhante e apaixonado do teu olhar.
Quando cessaram as cores...
A ausência do vermelho,
deu-me lágrimas de sangue!
Que deslizavam em minha face, sem cor...
Ungindo a terra;
que eu percebia e lembrava,
outrora marrom, agora simplesmente enegrecida.
O amarelo glamoroso,
apagou-se com o sol;
o limão e o laranja, foram-se com ele,
perdendo o tom...Tudo é negro!
Quando cessaram as cores...
Na ausência da visão...
O tato, o paladar, a audição e o sofrimento...
O mundo não reconhece a minha limitação.


Enviado por Sandro Colibri em 26/02/2007
Reeditado em 20/01/2010
Código do texto: T394542

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O 7 cordas


O 7 cordas

Código do texto: T453517

E quando a cidade anoitece,
eu faço uma prece no meu violão,
esqueço os calos da vida,
cantando os sambas do Adoniran.
Relembro dos bailes de gala,
das lindas morenas
e do velho trem.
Confesso antigos pecados
e peço perdão pelos novos também.

Mas quando a cidade anoitece
e o meu companheiro começa a vibrar.
Eu deixo a modéstia de lado
pois num sete cordas não dá pra enganar.
É ele que encanta a morena
e faz baixaria na minha canção,
é ele que marca o compasso
e seguro no alto, refina o bordão.

E quando a cidade anoitece,
este amigo estremece o meu coração.



Autor: Sandro Colibri - SP - março de 07

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

emBALA-me...

Em teus braços, nesta tua fúria embala-me,
pois, sou refém, servo obediente a sua lascívia
e no aconchego de suas coxas repouso,
absorvo o femíneo perfume, logo, enlouqueço.

Estou teso sob o vosso úmido litígio,
não há respaldo, nem altercação,
é por tua vontade, tua fome insaciável,
que meu fôlego revigora e meus olhos brilham.
Então, embala-me em sua volúpia,
roça-me o rosto em teus seios fartos,
que em seus lábios envaideço minha rigidez.

Outrossim, vens a teu fiel serviente,
cavalgar este ardente e lúbrico desejo,
que sob teu corpo apenas aceito o ritmo,
mantenho-me rijo, permaneço acossado,
e serei músculos e nervos explodindo!

Por teu gozo, embala-me sem discrição,
usando e abusando de minhas conveniências,
usurpa-me todas as sensações e delírios
sentenciando-me a servidão omnipresente a teu orgasmo.
Código do texto: T3018100
Sandro Colibri

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Renúncia _ (Por quem tua mãe chorava?)


Três tiros...
E o silêncio era de morte,
um anjo cantou meu nome,
enquanto minha mãe chorava.
Oh, dor cruel, dor insolúvel!
Quem consola minha mãe?
Levem-na, antes que meu corpo apodreça,
diante de seus olhos tão cansados.
Eu recusei os seus conselhos.
Eu zombei de suas preces.
E agora, como posso!?
Como enxugar as lágrimas em sua face?
Troquei o seu sorriso e seus carinhos,
por um punhado de maconha;
joguei no esgoto o seu orgulho,
e sua esperança, e sua revolta...
_ Por Deus! Levem-na daqui.
Ela sofreu meus desencantos,
chorou meus desesperos
e sufocou na alma o meu desprezo.
Não suporto sua imagem de sofrimento.
Não admito este compadecimento voluntário
e ignóbil de terceiros.
_ Pobre mãe, chora agora teu filho nóia.
_ Por Deus! Levem-na daqui.
Pois, só agora reconheço:
A ruína na qual sucumbi, não foi a do castelo,
que ela sonhou para mim...
Eu pereci nas drogas que consumi,
renunciei meus sonhos,
isolei meus estimados amigos,
abandonei a escola e reverenciei o vício.
Três tiros...
E o silêncio era de morte...
Oh, dor cruel, dor insolúvel!
Perdoa mãe!
Agora, levem-na daqui.
Logo chegaram os legistas (se chegarem);
pois não quero que ela assista,
neste circo de morte, meu último ato,
onde vermes e insetos também serão fotografados.

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 29/12/2009
Código do texto: T2001689

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Por detrás da muralha. (Poema Síntipo nº 03)

fonte imagem: foto reprodução internet/ autoria em pesquisa.


As lembranças isoladas eram fúnebres,
descortinavam as cinzas dos casebres,
no olhar malicioso e na fronte grisalha
e o traje que ali vestia-lhe feito mortalha.

Sorrisos irritadiços do antigo conservatório.

O chão de lágrimas fenecia escorregadiço,
enquanto o velho resmungava atormentadiço,
velhos telhados ladeavam o silente confessório
e todas as trevas de seu mundo ilusório.

Assombros e pecados de um velho Abade canalha.


Texto baseado no estilo criado pelo escrito português Fernando Oliveira.

Reeditado em 26/08/2011
Código do texto: T3183817
Sandro Colibri

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Poesia; Palmares... Zumbi.

Fonte imagem: Joaquim Junior/ internet/pastoral


Sempre negro,
filho do preconceito, sim!
Mas exijo respeito enfim.
Quero dignidade,
que meus filhos se orgulhem de mim.
Nas lembranças,
misturam-se dor e esperança,
fé na crença
sem grilhões e correntes,
e o povo negro que dança.
Liberdade pro negro enfim;
Poesia; Palmares... Zumbi.
O negro sonhou.
O negro lutou.
Liberdade... Liberdade.
Mas que homem é este?
Que diz que o negro é tão diferente.
Que diz, este negro não pode ser gente.
Por que minha cor, te ofende assim?
Sou negro sim!
Tenho orgulho sim!
Sou o grito forte de liberdade,
sou Palmares.
Sou Zumbi.

Ensaios by: 09/12/03.

LEIA TAMBÉM o texto "CHORA MÃE ÁFRICA".

Muito obrigado pelas 5 mil leituras deste texto_ em minha escrivaninha no Recanto das letras, um grande beijo no coração de todos... (S.Paulo, 27/05/2011)

Reeditado em 17/08/2011
Código do texto: T1049752
Sandro Colibri

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Momento insanidade (Poema Síntipo nº 04)

fonte imagem: sociedadeativateatro


Minha insônia trás um processo vexatório
de pernas inquietas sobre o colchão purgatório
e pálpebras neuróticas a mirar o teto,
um mortiço silencio condena qualquer objeto.

A ironia possui 127 volt de luminosidade.

Minha neura denota um momento oscilatório,
entregas ao êxtase, intrigas sem repertório,
versos credenciam meu terreno movediço,
o cansaço flagela, o corpo é submisso.

A poesia impera oferecendo legitimidade.



Texto baseado no estilo criado pelo escrito português Fernando Oliveira.
Sandro Colibri
Código do texto: T3184000



Rio de Janeiro, uma cidade sitiada! (Poema Síntipo - nº 02)

fonte imagem: foto reprodução / caxiasdigital.com.br


Na cidade maravilhosa mais um cenário de violência,
crianças são chacinadas sem oferecer resistência,
e tamanha afronta e covardia diante da sociedade,
é o fruto do descaso perante a criminalidade.

Mas o Rio de Janeiro continua sendo...

E no CRISTO um símbolo de generosidade,
braços abertos, comoção e solidariedade
e o morro policiado conforme a conveniência,
anjos continuarão morrendo, é só outra evidência.

Lágrimas e sangue, e uma justiça alijada!

código do texto: T2897167
Sandro Colibri

Da Vinci, pintou o amor. (Poema Síntipo - nº 01)

Mona Lisa (ou La Gioconda) é uma famosíssima obra de arte feita pelo italiano Leonardo da Vinci.
Da Vinci, o mestre que retratou,
a beleza que DEUS sublimou,
na face perfeita da musa de Florença,
a mais bela flor da renascença.

Matizes geniais, colírio dos deuses.

Monalisa, de mistérios e descrença,
tal grandeza outra musa não alcança,
na obra celestial que a historia emoldurou,
sobrevive a centelha que o gênio consagrou.

Magistral sentimento que fundamenta seu labor.


Texto baseado no estilo criado pelo escrito português Fernando Oliveira.
Código do texto: T2895317
Sandro Colibri

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Crise financeira (RONDEL)


Sou sádico, no sarro ironizando,
a corda fraca que arrebenta,
do lado podre; escravizando,
sempre o pobre, quem agüenta?

É duro, o salário mínimo saturando,
no estica e puxa que apoquenta.
Sou sádico, no sarro ironizando,
a corda fraca que arrebenta.

Tão frágil que sugere dolo,
o pouco que sobra no bolso,
pois multas e juros; fazem o tolo,
roendo no fim insosso osso,
sou sádico, no sarro ironizando.

Código do texto: T448432
Sandro Colibri

Isolamento social (RONDEL)

fonte imagem: comunideia.blogspot.com


Caramba, é drama ou comédia,
essa porra de vida moderna.
Trabalhar duro, todo santo dia,
desde o primórdio do homem da caverna.

Aprender e construir para sobreviver,
crescer na lógica, pelo saber e pelo poder.
Caramba, é drama ou comédia,
essa porra de vida moderna.

Tecnologia a serviço da humanidade,
telefonia, televisão, computador,
dizimando os preceitos de sociedade,
o que houve, com o abraço e o aperto de mão.
Caramba, é drama ou comédia.


*Como 1º obra do gênero por mim escrita, toda critica será
valida e vista como alicerce para o meu aprendizado... Beijo no coração de todos.
Código do texto: T436490
Sandro Colibri

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

POBRES HUMANOS; SÊ HUMANO.

Pobres humanos; sê humano,
patéticos canalhas que se divertem
diante da dor do outro em aflição,
de muitas famílias na desolação.
Estúpidos incapazes capazes do escárnio,
riem nas mensagens conturbadas
sem qualquer amor próprio ou solidariedade,
são ocultados no véu da anominidade.

Pobres humanos; sê humano,
turvam suas mentes em letras insanas,
rindo a fragilidade humana,
sob o rito da violência e da fatalidade.
Homens e mulheres dignos do asco,
cuspindo suas sandices, suas bravatas
nas páginas online com pressupostas comentadas,
quem és tu, um tolo alfabetizado.

Pobres criaturas, sem ternura, sem aptidão,
escravos da própria sanha,
infelizes almas em vida vã,
mentes perturbadas; vide quem és!
Risos enfraquecidos forjam falsa moralidade,
titubeiam palavras sem fundamentação,
portanto, sofrem agora nesta verdade.
“São covardes, fracos e sem coração.”

"O texto foi inspirado na ação covarde de alguns usuários do site de noticias TERRA, que se utilizando do anonimato, prevaricam fertilizando suas anomalias com comentários maldosos e desnecessários a razão humana."



Código do texto: T2185617
Sandro Colibri

Psico_traços (Juventude Imatura II)

"Outrora, foi um entre milhares num jato de porra, vencestes a batalha;
então, por que choras na derrocada de uma unha encravada".
Código do texto: T1411942
Sandro Colibri

Psico_traços (Juventude imatura)

"Amor, não é a loteria das rapidinhas no banco detrás do carro,
sob o efeito relâmpago do despreparo e um Red Bull".
Código do texto: T1407715
Sandro Colibri

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A FARSA e a FARSANTE...

fonte imagem: nattallya.wordpress.com


Tu, esnobe farsante, escriba de letras,
usufrui de um preceito, age na confiabilidade,
contudo, falta-lhe o melhor, a moralidade,
tua ousadia tão bem exposta na VERDADE,
não a tua infeliz e desgovernada Verdade,
mas aquela roubada dos versos de Drummond.

Tu, indigna MENTE e fiel copista,
conquista com garbo a distinta menção,
no leviano subsídio que agora lhe acompanha,
eis a vossa recompensa neste "encontro virtual"
teu bom engenho não preenche a LACUNA,
há sim muita pobreza em tua alma,
não poética, apenas apática,
trilhando caminhos e buscando brilho,
com palavras que não lhe pertencem.

O novo ou o NEO, deve ser criado,
contudo, como poderia tal FARSANTE,
declinar da FARSA, fugir ao dolo...
Haverá remédio para falta de moral?

PS: "A mentira dá flores, mas não frutos." (provérbio)


Sandro Colibri Código do texto: T2906862

Psico_traços (Mentira III)

"O que será de ti, se tuas verdades te contradizem num sopro do vento".

Código do texto: T1358540
Sandro Colibri

Psico_traços (Mentira II)

"A mentira é o lastro do farsante, todavia,
no futuro tornar-se-á seu próprio cadafalso".
Código do texto: T925346
Sandro Colibri

Psico_traços (Mentira)

"Palavras manquitolando na farsa,
o sujeito; oculto no verbo,
não tarda surge à verdade,
a quem conspirava no intelecto."

Código do texto: T422419
Sandro Colibri

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A vida é um porre !


Sob o teto nada havia,
todavia, uma mesa repleta de cerveja,
garrafas vazias; cheias de agonia.
Na cadeira recostada, o corpo cansado.
Um copo quebrado; sangrando o corte,
lavando a alma no último gole.
A vida é um porre!
E o relógio na parede, cúmplice e testemunha;
ao mesmo tempo à marcar o tempo,
o girar do ponteiro, do tic-tac barulhento;
do meu lamento.
Bebo! Bebo todas até a última gota,
no ensejo de estancar no peito,
meu sofrimento.
Sangra a alma, sangra o dedo.
No chão manchado; vejo os cacos... O tempo não passa.
Sob o teto nada havia,
todavia, no chão de pedra-fria,
os pés descalços e a cadeira,
firme e companheira,
na agonia de suportar meu peso.
E dói na carne, o corte no dedo... Sangrando.
Dói na cabeça... Pensando.
A vida é um porre!
No telhado, um gato sob as estrelas vagabundeava.
Ria-me desaforado com seu miado rasgado... Diabo de gato.
Sob o teto nada havia,
todavia, apenas um homem,
bebendo a dor que o consumia.
A vida é um porre!
Sandro Colibri
*
Reeditado em 12/08/2011
/
Código do texto: T268574
03/02/05 – 04:58h ( made in Insônia.)

Psico_traços (suicida)

"Vez em quando a morte me sorri ironicamente,
escamoteia minha mente,
desespera minha alma
e urge nas embalagens de tarja preta.
Ingrata como a própria sorte,
esvai-se num precipício soturno...
Diante da ruptura dos laços metafísicos;
respiro e agradeço... Deus é maior."

Sandro Colibri em 16/07/2007Código do texto: T567516

Psico_traços (angústia)


"Agonia que asfixia, no medo, cego enredo, surdo-mudo sentimento; surreal camafeu a oprimir o peitoral."

Código do texto: T2063643
Sandro Colibri

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vergonhoso S.T.J.

Em minha visão dantesca,
há benesses á lograr a justiça;
no Sentido Tacanho e Jocoso,
a complacência do absurdo,
reafirma a velha máxima:
"Quando estamos fora, o Brasil dói na alma, quando estamos dentro dói na pele.” (Stanislaw Ponte Preta)
... Nada muda como DANTAS!


Sandro Colibri em 23/07/2008 Código do texto: T1094413

EU, CEGO?

" Na cegueira de meu desamor encontrei o caos, todavia, hei de recuperar a visão... Em minh'alma guardo o colírio de minhas alegrias."

Sandro Colibri
Código do texto: T1486341

Confabulações do SER...

Escute os sábios que lhe dizem que as respostas nem sempre estão ou vivem em teu coração; embora triste seja a realidade, as lágrimas que por vezes sinalizam fraqueza, também são reflexos de coragem... Quem dirá o que o futuro me guarda; senão os conhecimentos adquiridos no passado.

Código do texto: T1513691
Sandro Colibri

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

NA VEIA.


Na veia além de glóbulos brancos e vermelhos... Poesia!
Sou verbo...
Gerúndiando pela vida,
crescendo, vivendo e aprendendo.
Imperativo na fala _ Leia-me!
Indicativo, nos gestos _ Tenho ousado.
Mente e corpo, composto em palavra.
Na veia, adrenalina, prelúdio, abstrato...
Misturados, reagentes.
Satisfaço a metomínia convergente,
na corrente sangüínea.
Na veia além de glóbulos brancos e vermelhos... Poesia!

Sandro Colibri
Código do texto: T407235