terça-feira, 1 de setembro de 2015

Um olhar atravessa o MINHOCÃO... A critério de quem vê!


Nestes horários onde o transito para,
pairam odores poluídos por carbono,
urina, excrementos e lixo e mais lixo
debaixo do viaduto imundo;
repleto de trecos e troços, e gente!

Sobre o asfalto sangra o esgoto,
sangram mendigos, sangra o óleo vencido...
Um mar de luzes de freios
anunciam segundos, minutos, incontáveis minutos
de tempo perdido... Malditos!

Há um viés de atrocidades no lamento das buzinas,
dos pés cansados aprisionados no calçado,
na irá de quem freia, acelera, freia e acelera e...
Xinga-se a vida, a noite mal dormida,
a transa mal sucedida e a todos
e o som do transito VI(O)LENTO.

Há um viés de atrocidade no asfalto,
na tintura vermelho "improviso",
no sangue do motoboy e do ciclista,
na faixa apagada, no semáforo "esquecido"...
No sangue vermelho "VIVO"
do pedestre MORTO no cinza asfáltico.

Cinzas no ar, fezes e urina no chão,
comércio abatido, desprovido, desgastado,
sofrível e horroroso MINHOCÃO...
Milhares de centímetros cúbicos de concreto armado,
armagedônico, morto_vivo em retratos visíveis.

O museu de retratos colados se agiganta
na garganta umedecida das pilastras,
apesar da cegueira cultural que se alastra
e do vandalismo irracional que o ameaça,
sob a "cultura imbecil" e "animal"
do PIXO PORQUE PIXO??????????????????

Sofrem dos mesmos tormentos,
inquilinos, proprietários e os "passageiros"
neste universo estrutural "Minhoqueiro"...
Sofrem as narinas com os gazes fétidos,
sofrem os tímpanos com o som indirecto,
sofrem os "sujos" sobre o cimento escarrado.

Há vida acima. Nos andares superiores
e há tormento, desassossego e temores.
Há um som castiço invadindo janelas,
quebrando o silêncio e rompendo a paciência...
Persistente frente a sofás, indiferente, indecente.

Haverá uma qualquer visão de esperança,
pintada por debaixo das ciclo faixas,
tingida de vermelho e reexaminada em protocolos.
Haverá sossego? Atropelamentos pré-anunciados,
protestos e arranjos "sinalizados" e banalizados,
EU apenas enxergo o que não veem,
aqueles "HOMENS AUSENTES" e indiferentes...
Enquanto o transito segue a 50 km... Lentamente.




Texto escrito em 22.07.2015, enquanto a paciência era exercitada. Meu olhar, meu "desfrute" diante de um cenário degradante, mera observação de um "poeta" aprisionado em um Coletivo naufragado num mar de carros barulhentos e imobilizados.

   
Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 27/08/2015
Reeditado em 27/08/2015
Código do texto: T5361351 

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Holocausto nunca mais.

Eu morri e continuo morrendo,
morto pelo esquecimento dos fatos,
pela maldade deste homem evoluído,
mas, quantas vidas ainda serão ceifadas,
quantas mortes ainda serão necessárias,
para que o mundo lembre-se!
"Amai a teu próximo como a ti mesmo".

Outro holocausto se aproxima?
E você se esquiva da dor de teu próximo?
Quando seremos de fato humanos?

Eu estou aflito, respiro morte em cada esquina,
temo a violência exacerbada,
o ódio, a falta de solidariedade.
Porque precisamos de uma outra guerra
para proclamarmos  um novo tempo de paz?

Pobres lideres militarizados,
que matam em nome da "pacificação";
até seus ossos serão renegados...
"Amai a teu próximo como a ti mesmo".
E não viveremos um novo holocausto,
não seremos perseguidos por nossas crenças,
nem tampouco, por raça ou opção sexual.

Outro holocausto se aproxima.
E você ainda se esquivará da dor do teu próximo?
Quando seremos de fato humanos?

 
por Sandro Colibri em 26/08/2013
Código do texto: T4452868 

domingo, 2 de junho de 2013

AMIGOS DA ONÇA



AMIGOS DA ONÇA


Palavras ferem, friamente também consolam,
Perante a fragilidade do ser humano,
Pisoteia-se a "carne" até a morte?
Pobre e mal carácter é este homem,
Puritano em aparências, pusilânime nas ações.

O texto acima é baseado na teoria literária do POEMA DALANGOLA  do nosso colega recantista, poeta JOSÉ CAMBINDA DALA.
Sandro Colibri
por Sandro Colibri em 29/05/2013
Código do texto: T4315762 



segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sandro Colibri diz:


Frase criada para participação no concurso Cultural do lançamento do Livro "Você é o que você compartilha" do autor Gil Giardelli na Bienal de São Paulo 2012.
Agradeço a Editora Gaia Creative e ao autor pela oportunidade e premiação.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

CARTA aos VIVOS.


Pare! Somente por um instante e imagine-se morto.
Teu corpo descansa agora sobre uma pedra fria do necrotério.
Tua nudez não envergonha aqueles que te olham, sem mistério.
Você é tão comum quanto qualquer outro, não tenha pressa,
já não adianta; um caixão e uma cova aguardam teu corpo em sepulcro. Você esteve tão ausente e de repente... De onde saíram todos esses amigos, que agora choram por você. Teu mundo era tão pequeno; teu computador, um cachorro, um filho _ que você nem quis conhecer.

Dinheiro? De que importa agora. Quanto ele vale para você?
Você morreu! Neste momento alguém prepara uma coroa de flores com teu nome, “Saudades dos amigos” , “Saudades da família”... 
Emoções tão fingidas quanto as que você dizia ter. 
Não! Não corte tua imaginação agora. Lembre-se das viagens, das fantasias, das mulheres e do conforto que teu dinheiro pagava... Apenas reflita, enquanto fazemos um minuto de silêncio em tua homenagem.
Teu caixão como qualquer outro descerá á campa, teu jazigo receberá uma placa, aqui jaz “Fulano”, “Descanse em paz”. Para onde vais; tua rebeldia e abnegação serão lembradas e atribuídas somente a ti, teu dinheiro não será contado, mas tua alma receberá o ônus dos vossos pecados. Agora, volte meu amigo vivo, a teu mundo terreno, a tua realidade insólita; serão dignas as escolhas que fazemos?


por Sandro Colibri em 28/11/2006 Reeditado em 22/11/2010 
Código do texto: T304211

terça-feira, 24 de julho de 2012

Podemos sonhar... Guarujá.



Deixe-me vivenciar teus sonhos,
caminhando ao seu lado,
sobre a areia fina e branca, 
da linda praia de Iporanga. 
Ao teu lado quero sentir, 
a brisa mansa acariciando o meu rosto
e ver o sol brilhando, 
iluminando o teu sorriso solto. 
Quero com você sentir o cheiro do mar
e ouvir as ondas quebrando, 
anunciando que chegamos a São Pedro. 
Quero ouvir os pássaros, 
cantando para ti;
respirar o perfume dos ipês, cedros e jacarandás, 
maravilhar-me com a beleza, 
das bromélias, samambaias, avencas e orquídeas,
caminhando pelo paraíso verde, Jureia-Itatins. 


Deixe-me vivenciar teus sonhos,
sentindo tua mão unida a minha,
contemplando a harmonia, do sol beijando o mar.
Quero o seu sorriso vitalício, 
ao ver as mãos de um pequeno menino, 
construindo castelos de areia com você. 
Quero vivenciar teus sonhos, 
por isso, deixo a imaginação, 
levar-me para tão longe.
E sinto a areia fina e branca, 
absorvendo nossos passos, 
seguimos sobre ela, com os pés descalços, 
deixando nossos sonhos nos levar; adiante...
Adiante... Zé Menino, Pitangueiras, Perequê... 
Caminhamos pelas belezas do Guarujá. 


por Sandro Colibri em 20/07/2007 Código do texto: T572912

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Salvador Picuinha, entrevista o Guru Rufiney Maranhão.


Salvador Picuinha já sabia... Vale a pena conferir!
Cole o link e leia...
http://www.recantodasletras.com.br/entrevistas/3149695

Salvador Picuinha, é um personagem criado por Sandro Colibri, todos os entrevistados são fictícios, qualquer coincidência de fatos, figuras ou linguagem, é mera coincidência... Porque no Brasil, tudo gira em torno da redonda...

FUTEBOL, PIZZA, BUNDA E CERVEJA_ QUE POR FORÇA DO MARKETING, AGORA PASSOU A DESCER REDONDA.

LEIA OUTRAS ENTREVISTAS...
SALVADOR PICUINHA ENTREVISTA:

* ARMANDINO TSUNAMI. http://www.recantodasletras.com.br/entrevistas/3635005 

* SENADOR KARIADO BANQUELA. http://www.recantodasletras.com.br/entrevistas/552363