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Santa Insônia
Santa insônia que ilustra meus versos,
perdoai meus pecados tão humanos,
meus desejos e tormentos;
nobres, tolos ou insanos.
Livra-me dos agouros noturnos,
da morbidez do tempo,
que me castigam as pálpebras
e das agruras que afligem e que desseca,
meu coração e minha alma.
Liberta-me dos sons intempestivos,
que compõem a noite;
chiados, miados, latidos
e o depressivo alarido dos carros
tão barulhentos, queimando o asfalto.
Santa insônia, que se confunde
em minha mente conturbada.
Ah, se eu pudesse incinerar minha memória
e jogar as cinzas do meu sofrimento,
no longínquo mar do esquecimento.
Fazer-se ia um lumaréu,
nesta noite tão madrasta.
Sandro Colibriperdoai meus pecados tão humanos,
meus desejos e tormentos;
nobres, tolos ou insanos.
Livra-me dos agouros noturnos,
da morbidez do tempo,
que me castigam as pálpebras
e das agruras que afligem e que desseca,
meu coração e minha alma.
Liberta-me dos sons intempestivos,
que compõem a noite;
chiados, miados, latidos
e o depressivo alarido dos carros
tão barulhentos, queimando o asfalto.
Santa insônia, que se confunde
em minha mente conturbada.
Ah, se eu pudesse incinerar minha memória
e jogar as cinzas do meu sofrimento,
no longínquo mar do esquecimento.
Fazer-se ia um lumaréu,
nesta noite tão madrasta.
Publicado no Recanto das Letras em 06/05/2007 Código do texto: T477076
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