quinta-feira, 29 de março de 2012

Psico_máscara.



Psico_máscara.


Em tempo, descobri a inutilidade de meus sentimentos puros e verdadeiros, então, permaneci estático diante de um espelho, não houve ira, nem tampouco piedade, apenas uma sintomática vã futilidade. Fui possuído pela tolerância.
E embriaguei-me num vistoso parreiral da loucura, Baco permitiu-me a falta de zelo, porém, um controle metódico me socorreu.

Não houve ira, nem tampouco piedade, talvez, sombras e sussurros diante de meu desapego com a racionalidade, mas por um instante, uma rebordosa vilipendiou minha face, músculos nervosos desmentiram meu ato, uma lágrima escapuliu sob a máscara.

Não houve ira, nem tampouco piedade...
Na ausência de emoções, ocultas, desmedidas, primárias,
perpetuei minha alma, sacramentei meu estado mental e acalentei a usura que me castigava.

Nem ira ou piedade; agora veem de outro modo.
Apenas a inércia incompreendida, minha imagem estática, imperfeita, reflete-se na imensidão do pequeno espelho,
futilidade, vaidade, verdades nuas e cruas, é minha máscara,
outrora revestida de firmeza, agora enfraquecida.


São Paulo, 26.11.2007
Reeditado em 23.03.2012.
Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 22/03/2012
Código do texto: T3569739

segunda-feira, 12 de março de 2012

Um e outros... Loucos!



Um e outros... Loucos!

_ Eu quis lembrar, de qualquer forma, não por acaso,
mas já pensando em esquecer; o que eu havia esquecido.
E fiquei assim, perdido, confuso, divagando com meu inconsciente.
Eu estava sóbrio, é claro, talvez por isso, este inusitado esquecimento
momentâneo.
_ Bom, qual era mesmo o assunto desse texto?
_ Perai!
Vou ler o começo.
_ Ah, sim!
Lembrar ou esquecer.
_ Será que você está me entendendo?
É que fica difícil, este dialogo unilateral de eu; comigo mesmo,
dá soninho, cansa a memória, ai esqueço, fácil, fácil.
_ Eu falei difícil?
Deixe-me ler novamente.
Foi difícil, com certeza; mas fácil foi esquecer.
Desculpe-me, a confusão; é que eu esqueço sempre.
_ Não entendeu nada ainda?
_ Então volta comigo lá no começo.
Por que eu, como já lembrei, esqueço fácil.
Agora, comigo é diferente, difícil é esquecer.
_ Fácil, difícil; lembrar, esquecer...
Puxa! Que confusão.
Então volto eu lá no começo.
_ Pronto, agora foi você que ficou perdido; mas comigo não!
Eu sei o que estou escrevendo, só não entendo!?
Porque você continua ai, do outro lado da telinha,
lendo com toda essa atenção.
_ Isso não tem fim?
Finalmente, e não é que eu tinha esquecido; de tal maneira que
acabei te confundindo de vez...
_ Perai, irmãozinho.
Não xinga, não!
_ Quem mandou esquecer o titulo.
Então volta você, lá no começo.
_ Entendeu?




por Sandro Colibri
Reeditado em 16/03/2009
Código do texto: T439004