segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Sandro Colibri diz:


Frase criada para participação no concurso Cultural do lançamento do Livro "Você é o que você compartilha" do autor Gil Giardelli na Bienal de São Paulo 2012.
Agradeço a Editora Gaia Creative e ao autor pela oportunidade e premiação.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

CARTA aos VIVOS.


Pare! Somente por um instante e imagine-se morto.
Teu corpo descansa agora sobre uma pedra fria do necrotério.
Tua nudez não envergonha aqueles que te olham, sem mistério.
Você é tão comum quanto qualquer outro, não tenha pressa,
já não adianta; um caixão e uma cova aguardam teu corpo em sepulcro. Você esteve tão ausente e de repente... De onde saíram todos esses amigos, que agora choram por você. Teu mundo era tão pequeno; teu computador, um cachorro, um filho _ que você nem quis conhecer.

Dinheiro? De que importa agora. Quanto ele vale para você?
Você morreu! Neste momento alguém prepara uma coroa de flores com teu nome, “Saudades dos amigos” , “Saudades da família”... 
Emoções tão fingidas quanto as que você dizia ter. 
Não! Não corte tua imaginação agora. Lembre-se das viagens, das fantasias, das mulheres e do conforto que teu dinheiro pagava... Apenas reflita, enquanto fazemos um minuto de silêncio em tua homenagem.
Teu caixão como qualquer outro descerá á campa, teu jazigo receberá uma placa, aqui jaz “Fulano”, “Descanse em paz”. Para onde vais; tua rebeldia e abnegação serão lembradas e atribuídas somente a ti, teu dinheiro não será contado, mas tua alma receberá o ônus dos vossos pecados. Agora, volte meu amigo vivo, a teu mundo terreno, a tua realidade insólita; serão dignas as escolhas que fazemos?


por Sandro Colibri em 28/11/2006 Reeditado em 22/11/2010 
Código do texto: T304211

terça-feira, 24 de julho de 2012

Podemos sonhar... Guarujá.



Deixe-me vivenciar teus sonhos,
caminhando ao seu lado,
sobre a areia fina e branca, 
da linda praia de Iporanga. 
Ao teu lado quero sentir, 
a brisa mansa acariciando o meu rosto
e ver o sol brilhando, 
iluminando o teu sorriso solto. 
Quero com você sentir o cheiro do mar
e ouvir as ondas quebrando, 
anunciando que chegamos a São Pedro. 
Quero ouvir os pássaros, 
cantando para ti;
respirar o perfume dos ipês, cedros e jacarandás, 
maravilhar-me com a beleza, 
das bromélias, samambaias, avencas e orquídeas,
caminhando pelo paraíso verde, Jureia-Itatins. 


Deixe-me vivenciar teus sonhos,
sentindo tua mão unida a minha,
contemplando a harmonia, do sol beijando o mar.
Quero o seu sorriso vitalício, 
ao ver as mãos de um pequeno menino, 
construindo castelos de areia com você. 
Quero vivenciar teus sonhos, 
por isso, deixo a imaginação, 
levar-me para tão longe.
E sinto a areia fina e branca, 
absorvendo nossos passos, 
seguimos sobre ela, com os pés descalços, 
deixando nossos sonhos nos levar; adiante...
Adiante... Zé Menino, Pitangueiras, Perequê... 
Caminhamos pelas belezas do Guarujá. 


por Sandro Colibri em 20/07/2007 Código do texto: T572912

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Salvador Picuinha, entrevista o Guru Rufiney Maranhão.


Salvador Picuinha já sabia... Vale a pena conferir!
Cole o link e leia...
http://www.recantodasletras.com.br/entrevistas/3149695

Salvador Picuinha, é um personagem criado por Sandro Colibri, todos os entrevistados são fictícios, qualquer coincidência de fatos, figuras ou linguagem, é mera coincidência... Porque no Brasil, tudo gira em torno da redonda...

FUTEBOL, PIZZA, BUNDA E CERVEJA_ QUE POR FORÇA DO MARKETING, AGORA PASSOU A DESCER REDONDA.

LEIA OUTRAS ENTREVISTAS...
SALVADOR PICUINHA ENTREVISTA:

* ARMANDINO TSUNAMI. http://www.recantodasletras.com.br/entrevistas/3635005 

* SENADOR KARIADO BANQUELA. http://www.recantodasletras.com.br/entrevistas/552363

segunda-feira, 9 de abril de 2012

LINGUA ERÓTICA



A boca concede o beijo,
lábios contra lábios,
língua contra língua,
o desejo a ambos cega,
silencia-se o pecado,
principia-se o sexo.

A língua ganha vida,
sai da boca, procura o pescoço,
passeia pelos seios,
descendo pela barriga,
o tesão aumenta,
e a virilha já pressente a lambida.

E segue a língua úmida,
nos grandes lábios,
que protegem a vulva,
no clitóris rosado,
a vagina molhada;
recebe o beijo quente.

E a língua continua...
incansável, entrando e saindo,
na vagina umedecida;
o corpo todo treme
e ela agoniza e geme e geme;
explode o gozo que precede o pênis.

O pênis rijo,
a vagina invade,
entra e sai; vai e volta
e se ela permitir,
não se confunda;
sai da vagina e entra na bunda.

O entra e sai continua,
movimento lento e acelerado,
troca de posição,
beijos trocados.
O suor recebe o esperma;
pelo pênis lançado.

E já cansados, ambos na cama,
o lençol molhado... Abraçados,
um beijo sela o amor incontido.
O que começa pela língua,
não tem jeito, não é segredo,
é erótico _ pela língua termina.



por Sandro Colibri em 29/10/2006
Reeditado em 29/07/2009
Código do texto: T276818

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Soneto ao dia Nacional da Poesia.


Soneto ao dia Nacional da Poesia.

Quatorze versos de um soneto; componho,
Participando desta ciranda poética
Que de minha veia gotejo e exponho,
Seguindo os rituais da boa métrica.

Palavras pululam minha mente,
Dos versos que outrora eram cantados
Onde a lira acompanhava veemente
Deixando seus ouvintes inebriados.

Tantos mestres da legitima criação,
Nesta data serão ungidos e celebrados,
Contudo, para orgulho de nossa nação.

Vide, o baiano Castro Alves reverenciado,
Fez-se poesia em seu nobre nascimento
E pela arte, seu oficio é meu aprendizado.




por Sandro Colibri em 03/04/2012
Código do texto: T3592633

quinta-feira, 29 de março de 2012

Psico_máscara.



Psico_máscara.


Em tempo, descobri a inutilidade de meus sentimentos puros e verdadeiros, então, permaneci estático diante de um espelho, não houve ira, nem tampouco piedade, apenas uma sintomática vã futilidade. Fui possuído pela tolerância.
E embriaguei-me num vistoso parreiral da loucura, Baco permitiu-me a falta de zelo, porém, um controle metódico me socorreu.

Não houve ira, nem tampouco piedade, talvez, sombras e sussurros diante de meu desapego com a racionalidade, mas por um instante, uma rebordosa vilipendiou minha face, músculos nervosos desmentiram meu ato, uma lágrima escapuliu sob a máscara.

Não houve ira, nem tampouco piedade...
Na ausência de emoções, ocultas, desmedidas, primárias,
perpetuei minha alma, sacramentei meu estado mental e acalentei a usura que me castigava.

Nem ira ou piedade; agora veem de outro modo.
Apenas a inércia incompreendida, minha imagem estática, imperfeita, reflete-se na imensidão do pequeno espelho,
futilidade, vaidade, verdades nuas e cruas, é minha máscara,
outrora revestida de firmeza, agora enfraquecida.


São Paulo, 26.11.2007
Reeditado em 23.03.2012.
Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 22/03/2012
Código do texto: T3569739

segunda-feira, 12 de março de 2012

Um e outros... Loucos!



Um e outros... Loucos!

_ Eu quis lembrar, de qualquer forma, não por acaso,
mas já pensando em esquecer; o que eu havia esquecido.
E fiquei assim, perdido, confuso, divagando com meu inconsciente.
Eu estava sóbrio, é claro, talvez por isso, este inusitado esquecimento
momentâneo.
_ Bom, qual era mesmo o assunto desse texto?
_ Perai!
Vou ler o começo.
_ Ah, sim!
Lembrar ou esquecer.
_ Será que você está me entendendo?
É que fica difícil, este dialogo unilateral de eu; comigo mesmo,
dá soninho, cansa a memória, ai esqueço, fácil, fácil.
_ Eu falei difícil?
Deixe-me ler novamente.
Foi difícil, com certeza; mas fácil foi esquecer.
Desculpe-me, a confusão; é que eu esqueço sempre.
_ Não entendeu nada ainda?
_ Então volta comigo lá no começo.
Por que eu, como já lembrei, esqueço fácil.
Agora, comigo é diferente, difícil é esquecer.
_ Fácil, difícil; lembrar, esquecer...
Puxa! Que confusão.
Então volto eu lá no começo.
_ Pronto, agora foi você que ficou perdido; mas comigo não!
Eu sei o que estou escrevendo, só não entendo!?
Porque você continua ai, do outro lado da telinha,
lendo com toda essa atenção.
_ Isso não tem fim?
Finalmente, e não é que eu tinha esquecido; de tal maneira que
acabei te confundindo de vez...
_ Perai, irmãozinho.
Não xinga, não!
_ Quem mandou esquecer o titulo.
Então volta você, lá no começo.
_ Entendeu?




por Sandro Colibri
Reeditado em 16/03/2009
Código do texto: T439004

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

WATERMAN, CANETA SONHO.



WATERMAN, CANETA SONHO.

Rabisco meus versos em leves traços,
pinço as letras e sugiro vocábulos,
vou externando minha arte poética
e sonhando com o fino ouro de uma WATERMAN.

A escrita perfeita que se torna lenda,
em 1883, a primeira caneta tinteiro,
1935, a perfeição em canetas esferográficas;
quem me dera pudesse empunhá-la.

Derramo meu desejo sobre o papel
num lento alento a louvar a tradição,
pois sua grandeza inspira e viceja
expressando estilo e personalidade.
Entre outras, WATERMAN é sempre a mais bela.



por Sandro Colibri em 21/09/2010
Código do texto: T2511857

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Faíscas poéticas de uma caneta Parker.



Faíscas poéticas de uma caneta Parker.

Qual o processo de vossa escrita,
que nas premissas,
deixa-lo á alma tão exposta
e em tortas linhas,
endireitam-se as centelhas.
Letras pigarreiam na falha da caneta Parker,
fogem trêmulas
e morrem sobre o papel carta.
Gestos dispensam palavras
e um novo parágrafo,
solicita uma leitura atenciosa...


O espaço não preenchido...






Um intervalo maior...

Sob o teu olhar atento,
desliza a caneta tinteiro,
uma Parker estigmatizada
pela sofrível letra falha.

Outrem, poetas?

Qual o processo de vossa escrita?
A mão ligeiramente segmentando frases,
delineando sua criatividade
e a caneta pactuando...

O método em analise.
Movimento...
P A C I Ê N C I A
Cheque-mate!

Inspiração, é fato.





Sandro Colibri em 04/12/2007
Código do texto: T764805

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Caneta alma (Mont Blanc)



Caneta alma (Mont Blanc)


Minha caneta carregada de mágoa,
em frases truncadas,
espreita a morte
e perde o tino.

Desliza melindrosa,
sobre a página algoz
que minha mente liberta.

Temerosa deste Eu nauseabundo;
divaga, sancionando infelicidade.



por Sandro Colibri em 18/07/2008
Código do texto: T1086793

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ORAÇÃO DOS POETAS




Senhor, nosso Pai celestial,
dei-nos sabedoria,
discernimento e disposição.
Permita que nossa escrita,
seja objeto de entendimento,
seja refrigério e inspiração.

Conceda-nos a graça de bons leitores
e a tolerância nos momentos de fraqueza.
Liberta-nos dos temíveis bloqueios,
da fadiga mental e literal,
afastando-nos da ociosidade...
Abençoada seja a tinta de nossas penas.

Senhor, lítero-mor entre o céu e a terra,
dei-nos a providência do primeiro livro,
a anuência de bons editores
e a contemplação dos críticos.
Benditos sejam todos,
protagonistas e autores,
em cada texto, em cada título.
E assim seja, transpirando poesia... Amém!


por Sandro Colibri em 06/05/2008
Reeditado em 25/05/2011
Código do texto: T977982

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

ORAÇÃO por Orientação, proteção e justiça.




Senhor.
Orienta-me hoje e nos dias vindouros,
sobre meus conceitos e preceitos,
sobre minhas ações e reações,
sobre meus vícios e virtudes.

Me dê aflições se necessário,
porque reconheço a vossa força
e sob teu escudo imponho coragem,
com a vossa palavra enfrento o bom combate.
"O Senhor é meu pastor e nada me faltará."(Sl 23.1)

Senhor.
Guia-me pela escuridão, quando ela vier,
afasta-me dos perigos e das maldições.
Que a inveja e a maldade nunca recaiam sobre a minha casa,
que meu espírito não se curve as tentações.
"O Senhor é meu pastor e nada me faltará."

Senhor.
Orienta-me hoje e nos dias vindouros,
reaviva em minha alma, a vocação da palavra,
o bom senso quando faltar a razão.
Sou pequeno e humilde diante da vossa grandeza,
em tuas mão coloco minha causa. (apresentar a causa)
Aos teus pés, peço perdão por meus pecados
e confirmo minha devoção.
"O Senhor é meu pastor e nada me faltará."

Obrigado Senhor meu Deus.


LEIA TAMBÉM: ORAÇÃO DOS POETAS.

por Sandro Colibri em 22/12/2009
Reeditado em 17/08/2011
Código do texto: T1991344

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O terceiro CRAVO na crucificação.


.

Cortejaram o Filho, feito um rei maltrapilho,
debaixo de terrível açoite e pesada cruz
e sob o olhar infamado de seu caudilho,
pereceu entre ladrões, nosso Cristo Jesus.

Ao monte foi levado, sem qualquer condenação,
e humilhado, e martirizado ao céu foi levantado,
sofreu por nossos pecados na sua crucificação,
hoje sua obra renasce, sendo por todos adorado.

Mas a dor que o afligiu; nenhum outro suportou,
quando o cravo lhe feriu, lágrimas derramou.
"Pai perdoai-os, eles não sabem o que fazem".

O terceiro cravo fixado, foram oito marteladas,
também clamava Maria, nossa Mãe imaculada,
"Pai perdoai-os, eles não sabem o que fazem".

Sandro Colibri
Código do texto: T2930193

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Soneto de desagravo

Soneto de desagravo (ao soneto torto)

Quatorze versos amarrados,
brindam com louvor a literatura,
consagrando poetas apaixonados,
eternizam o ápice da ternura.

Benditas letras; testemunhas fiéis,
depositárias de minha veneração,
guardiãs de momentos irrefutáveis,
espelham com destreza esta fascinação.

Um soneto para silenciar o tempo,
desagravo em exultante florear,
saber eterniza-lo é vitalizar.

Outrora, era feio, um contratempo,
ao SONETO TORTO faltava emoção,
agora flui do poeta a correção.


Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 10/03/2008
Código do texto: T895480

Soneto torto




Não gosto de soneto, é feio;
o que precede exige rima,
ritmo; métrica... Desanima.
Construí-lo? Difícil ! Receio.

Alexandrino, talvez, clássico!?
Perco o verso na indecisão,
falta-me nobreza, inspiração.
Será moderno ou arcaico?

Escolher o tema é dilema:
amor, ódio... Compilação;
um soneto torto é só ficção.

Porém, não há dolo neste drama,
segue-se o julgo da rebeldia,
haverá beleza mesmo que tardia.






Sandro Colibri
Código do texto: T891499