terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Deseja-se um mundo melhor...



Deseja-se um mundo melhor...

Queremos um mundo melhor,
sem fome, sem miséria, sem desolação.
Queremos crianças sorrindo
e irmãos abraçando irmãos,
os povos abandonando conflitos;
de Gaza a Jerusalém...
Sem armas, sem guerras, sem tiros...
Apenas anjos dizendo amém.

Queremos um mundo melhor,
com respeito e muita amizade
e se flagelos por ventura vierem
se transformem em fraternidade.
Que os homens abracem uma causa,
que Ela seja o triunfo da paz,
que o covarde respeite a coragem
e que o honesto permaneça vivaz.

Queremos um mundo melhor...
Sem fronteiras, sem muros, sem manipulação,
onde apenas frutifique a verdade,
onde cada homem glorifique o seu pão.
Que se multiplique esperança e bondade,
que se semeie o amor e a razão
e que cada cor transmita maior liberdade
e que prevaleça a igualdade de nação a nação.

Participação na Ciranda da virada da poetisa Ana Stoppa.
Tema: Deseja-se um mundo melhor!

Faremos um mundo melhor respeitando a individualidade e a integridade de cada ser humano... Somos um, seremos um TODO.



por Sandro Colibri em 27/12/2011
Código do texto: T3409132

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ciranda brasileira.


fonte imagem: Ajur SP - Arte NaiF - artista: Valquiria de Barros (tela 30/40) a venda em ajursp.wordpress.com

Ciranda brasileira.

Vou cirandar com meus amigos,
nesta alegre brincadeira,
relembrando gestos antigos
e cantigas ao pé da fogueira.
Nhô Tião puxava a rima,
Nhô Mané entoava o refrão
Xote alegrando as meninas,
era um Chamamé aludindo varão.

Pai Francisco era cantado,
boi barroso festejado
e enquanto a fogueira ardia,
reinava a trupe na galhofaria.
Rosa amarela avermelhava,
peixe dourado acinzentava,
moço gaiteiro chamava á dança
e prenda velha virava criança.

Sinhazinha beijava o jururu,
sinhozinho arriscava o mestre André,
Nhã Maria provocava um sururu,
Nhô Firmino acudia num rapapé,
era ciranda bem brasileira,
com gemido de sanfona e choro de violão,
com amargo de boa braseira,
era a magia das festivas do sertão.

Participação na Ciranda "Vem brincar de ser feliz" da poetisa Anna Stoppa.



por Sandro Colibri em 25/11/2011
Código do texto: T3356040

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pai divorciado



Pai divorciado

Potes cheios,
bolachas,
doces,
pirulitos,
chicles com recheio.

Brinquedos organizados,
de um lado e de outro,
com a saudade no meio.

Retratos na parede,
o filho lindo...
Um silêncio abortivo
e o tempo opressivo.

A roda maluca,
o avião inflável,
bichos de pelúcia
e teu sorriso fácil,
sempre tão aguardado.

O tempo que maltrata,
pela segunda-feira,
sempre tão distante do sábado.

Pelas mudanças na aparência,
da infância
para a adolescência.

Perde-se o esteio,
na falta do ombro amigo,
nas noites silenciosas,
nas estórias infantis,
agora ociosas,
na esperança; que jaz melindrosa.

E sopra o vento,
sobre as páginas viradas,
deixando a saudade como testamento.



por Sandro Colibri em 12/04/2007
Código do texto: T447239

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

CORTINAS DA ALMA.




CORTINAS DA ALMA.


Enquanto o bom senso não me separar da loucura,
a solidão persistirá revisitando meu diário,
na madrugada onde a claridade ofusca uma idéia
e expõe um corpo nu e solitário;
sinto meus ossos reclamando o estresse cotidiano.

Quero o silêncio mas o vento é indiscreto,
seu silvo escandaloso açoita a janela,
soprando pesadelos e emoções, minha alma é prisioneira
e a caneta vilipendia a essência;
a força do verso pertence a ela.

Tenho a loucura e ausência do afeto,
porém, da perfeição dos SALMOS vem o alivio,
eu os devoro compilando paz e discernimento,
minha caneta é a testemunha a eternizar na página,
imprimindo a escrita e catalogando o gesto...
Os SALMOS ensinam; a dor não é infinita.

A poesia é meu alento.
O bom senso retorna, porque a loucura reclama a insônia.
O corpo nu abandona-se no colchão semiortopedico.
A caneta repousa semi-seca de idéias.
O vento ainda reluta e a janela não o condena,
contudo, agora é o cansaço que assina a trégua.
Fecham-se as cortinas da alma.



por Sandro Colibri em 04/05/2009
Código do texto: T1575693

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ORGASMO LITERÁRIO


Fonte imagem: frutoproibido.com

ORGASMO LITERÁRIO

Nesta noite insone,
acostei-me em palavras
e numa delonga de dar pena,
aspirei lascívias solitárias...
Tua nudez, minha virilidade,
letras mudas testemunharam admiradas.
Sem nenhuma prudência,
despi-me dos versos
e gozei o lasso momento;
ruborizei a frase,
pulverizei a rima,
dei-me somente á margear o texto.

Nesta noite insone...
Bocage franziu a testa; desaprovando.
Fernando Pessoa ficou estático.
Um Drummond, lamurioso... Inquietou-se!
Do que me valho agora?
Simples neologismo.
Tesônicos quebram o silêncio,
enquanto vogais e consoantes,
correm afoitas pelas linhas seguintes
e sossegam no finalmente,
consolidando meu orgasmo literário.

Nesta noite insone.
Quem condenará meu ato?
Quantos me seguiram até o fim da página?
Quantos desfrutaram de minha ousadia?
Enquanto exponho minha arrogância,
permito-lhe o prazer,
o despudor fantasioso desta leitura...
Imagine quantas letras desnudei,
diante de teus olhos...
Letras umedecidas em meu esperma literal.


Sandro Colibri
Reeditado em 30/10/2007
Código do texto: T716624

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

“Jesus”...



“Jesus”...


Hoje, estive sentado á lhe estender a mão, a calçada fria e dura, por algumas horas me pertenceu. Humildemente permaneci ali. Roupas sujas, cabelo e barba desgrenhada; tive fome, sede, senti frio e medo e o teu olhar de asco ferindo minha carne.
Novamente fui humilhado e maltratado por meu semelhante.
Ofereceram-me drogas e bebida alcoólica. Friamente apenas um, me disse: “Jesus te ama” - de longe, desviando se para não ser tocado.
_Perdoa meu Pai, eles ainda não sabem o que fazem.

Hoje, permaneci deitado, misturado ao lixo da calçada. Meu corpo solicitava cuidado, senti fome, sede e frio. Pedi –lhe um biscoito, um brinquedo – mesmo que usado – somente a cola de sapateiro me foi ofertada. Novamente lhe estendi a mão, porém, em tua pressa habitual, nem notastes a frase escrita na camiseta suja que Eu usava:
“Ama a teu próximo como Eu vós amo”
_Perdoa meu Pai, eles ainda não sabem o que fazem.

Hoje, andei entre vós, amparei a vossa tristeza, enxuguei o vosso pranto, lhe estendi a mão e te levantei quando caído. Segui ao teu lado apoiando-lhe em meu ombro quando ferido, entretanto, permaneceste surdo, quando lhe chamei de meu filho.
“Honra a teu pai e tua mãe”.
_Perdoa meu Pai, eles ainda não sabem o que fazem.

Amanhã, estarei em vossa casa e mesmo que não queiras, ainda assim, lhe darei a minha benção: _ “Bem aventurados sejam estes pobres homens de pouca vontade, para que em seus corações; floresça a solidariedade”.



*As citações bíblicas foram extraídas da versão brasileira:
- A Biblia Sagrada - SBB 2º edição.

Sandro Colibri
Reeditado em 09/12/2008
Código do texto: T786221

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Doa-me Brasil...



Doa-me Brasil...

Doa-me... Na carne,
o corte profundo das verbas da saúde,
pois na solidariedade,
todos aceitam a morte,
como um remédio útil.

Cega-me...
na tolerância,
pela insegurança;
e quantos filhos de minha pátria,
serão encontrados pela bala maldita?
Perdida? Achadas! Ceifa vidas.

Doa-me... Na consciência,
a falta de critério e de indignação,
que reconduziu ao congresso,
os criadores do mensalão.
Covardia? Falta opção?
Conformismo... Ladrão por ladrão!?

Corta-me... Sem piedade.
com teus impostos abusivos,
com tua falta de compromisso,
por tua omissão na educação.
por tantas outras vias,
reduzindo o meu orgulho a cinzas.

Cala-me... Com tua visão arcaica,
com teus poderes escusos,
com teu exercito difuso,
que tenta silenciar minha oposição
e tenta, e tenta... Tentam,
mas por tua inteligência _ não conseguirão.

Doa-me... De qualquer forma,
com os atropelos da indiferença,
com a indignação que retoma a consciência,
pela volta da esperança e na crença.
Então doa-nos Brasil...
Para o teu povo renascer.

Doa-nos também, por toda massa carcerária,
quatrocentas mil cobaias,
ociosas em cativeiro;
o joio, o trigo e o centeio,
da receita ao pão amargo,
tem o diabo como padeiro.

Doa-me Brasil...
Na indignação e na revolta,
de meus patriotas.
Eu quero doer.
Quero viver o meu grito...
Deixa-me crescer.



Sandro Colibri
Reeditado em 07/08/2009
Código do texto: T428109

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O pequeno Diário de Eva.




A princípio, tudo era festa e Adão reinava absoluto. O paraíso era apenas funcional, não havia a beleza de Eva, nem os perfumes que exalavam de seu corpo... Não acredita? Leia os fragmentos encontrados no pequeno Diário de Eva.

“Sou Eva. Linda e necessária, bela e única, poderosa e insinuante... Pobre Adão; ainda acredita na estória da costela... Um osso apenas!? Estou livre, porém, o paraíso me enlouquece com tamanha perfeição. Flores desabrocham em centenas de cores, frutas amadurecem em incontáveis sabores, a fauna é rica em milhares de espécies, contudo Adão é único e completamente avesso à evolução”.
_Percebe-se que Eva era observadora.

“Temos diferenças anatômicas. Adão é um macho com muitos músculos e pêlos, possui um membro exposto que endurece quando tocado. Ao contrario dele, tenho belos seios, poucos pêlos e uma fenda que fica completamente úmida quando estou excitada”.
_Ops! Atrevida, inteligente, exuberante, sem duvida; Eva era um atrativo no paraíso.

“Hoje acordei com a macaca, nada tem graça, o som da bicharada me deixa muito irritada e ainda tem o Adão... Insensível, pragmático, simiesco. Que droga Adão, pega logo essa banana e some”.
_Ui! TPM de alto risco.

“Encontrei uma maneira de aguçar o macho Adão. Outro dia devoramos a maça, desta vez, tentarei morangos e manga. Hummmm! Delicia, continua...”
_O autor informa: Para melhor aproveitamento deste trecho, lave bem as frutas antes de consumi-las.

“Desta vez não tem perdão. O todo poderoso ficou furioso, Adão só pensava naquilo; não deu outra, fomos expulsos do Éden”.
Nota do autor: Trechos de menor relevância e conteúdo histórico não foram transcritos para se preservar a originalidade desta obra.

“Neste outro mundo, Adão comporta-se como um casto, após a árdua labuta, procura-me apenas para a simples procriação. Exige submissão, enquanto defendo a igualdade”.
A história confirma o fato; Eva também era profética.

“Passados dois mil anos e continuamos evoluindo. As velhas folhas de parreira foram substituídas pela beleza e elegância de Victoria’s Secret e Rosa Chá. Um Adão entusiasmado e extenuado reclama um pouco dos excessos no cartão de credito, entretanto, no final; sempre agradece”.
Nota do autor: As marcas citadas neste texto poderão contribuir com a evolução deste autor, enviando cheque nominal e de quantia satisfatória para o mesmo.

“Que absurdo, hoje o Éden é anunciado e comercializado como um paraíso verde, com três ou quatro dormitórios, ampla área de lazer e nas proximidades dos grandes shoppings centers, com fácil acesso as estações do metrô”.
Nota do autor: Este trecho poderá ser modificado de acordo com o interesse comercial do mercado de imóveis. Esta obra poderá ser adaptada para o cinema. Roteiro, merchandising e agradecimentos; vide bula. E finalmente, o pequeno Diário de Eva, poderá ser escrito por você mulher; moderna, liberal, sensual, intelectual, executiva, dona de casa, batalhadora, definitivamente uma espécie em eterna evolução ou simplesmente uma Eva.


Leia também: "Adão o pecador".

Sandro Colibri
Código do texto: T698684

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Adão, o pecador.


Adão e Eva - desenho de Robert Crumb


Do fruto proibido Eva cedeu-me um naco, desnecessário.
Pobre cobra, agora rastejante, pagaste inocentemente por meu pecado.
Soubesse eu, ver assim tão bela, minha costela, teria doado ao menos duas. Todavia, Eva era única e deliciava-me ao ver ela a caminhar completamente nua. Escondido, observava nela os seios fartos e a penugem escura, recobrindo a vulva. Eu a cobiçava e enrijecia.
_ Que cobra, que nada... Coitada! A maçã foi apenas um pretexto. Sempre fui canalha a observar os bichos no cio; copularem. Onças, jaguatiricas, girafas, por muitas vezes era engraçado _ imagine um casal de ouriços _ em outras, excitava-me. Por isso a idéia... Eva era necessária.
Quando me ouviu, o todo poderoso ficou furioso, minha intenção era grotesca, fugia as regras impostas por Ele, por fim; deu-me Eva. Sem duvida a primeira maravilha sobre a terra. Tolos mortais, nomeiam agora apenas sete. Ah! Se tivessem admirado Eva como eu admirei. Ela era simplesmente magnífica, na sutileza da forma e generosidade dos traços _ Di Cavalcanti, teria enlouquecido. Ave, natureza!
A macacada ficava alvoroçada, era tanta inveja, que vejam bem; rapidamente evoluirão. Então esqueçam toda aquela teoria ensinada e apregoada por Darwin.
Eva era somente minha e eu a possuía sobre a relva, enquanto olhos curiosos nos observavam de cima das arvores; vulgaridade? Não sei, o fato é que o tesão aumentava.
Os pássaros entusiasmados com a cena agitavam-se e nos agradeciam com uma bela cantoria. Pura luxúria nos envolvia.
Depois do ato, vinha o honroso descanso e vagabundeávamos pelo Éden em gostosa preguiça e comíamos com extrema gula.
Os papagaios em sua tagarelice cotidiana, anunciavam aos quatros cantos: “Adão anda pelado, Adão anda pelado”. Eva irritava-se com aquilo, ciumenta como só ela, logo arrumou algumas folhas com as quais nos cobrimos.
Bons tempos. Não havia preocupação com futuro, não existia dinheiro, um verdadeiro paraíso, a lei do mais forte contemplava apenas a cadeia alimentar... E tinha Eva, linda, exuberante, fascinante... Quantos predicados, tantos pecados; todos meus.


Sandro Colibri
Código do texto: T616209

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O oráculo dos mentirosos.



Ousa um pobre histrião,
enaltecendo-se fisicamente no PC.
Caça faminto; a jovem indefesa,
logrando os fatos da própria beleza.
É louro, lindo e rico,
um Lord enfeitando a tela,
protegido pela vã virtualidade,
foge a realidade e no teclado exagera.

Finge a jovem iludida,
vestindo os fetiches do infeliz.
E ela que ao espelho se faz simpática,
virtualmente transforma-se em miss.
Pactua inverdades no bate-papo,
brinca, excita, exaspera
e de uma bela mariposa outrora caçada,
surge a rainha que ao zangão dilacera.

Envoltos nos sortilégios pré-conquistados,
partem ambos ao fatídico encontro.
Apresenta-se o príncipe metamorfoseado,
um sapo, perdido e verborrágico.
Ela mal-ajambrada e mitigada,
disfarça-se na intrépida maquiagem
e devoram-se pela falaciosa anedota,
pois, a moral da estória logrou a malandragem.

Nas controvérsias da ocasião,
temos um ex Narciso constrangido
e uma Nereida de face amarga;
ambos pelos Deuses, desprotegidos.
Um Romeu e uma Julieta em extrema alusão,
uma Feona e um Ogro, exaltando a animação,
experimentando o próprio veneno,
confrontam na mentira, as facetas da ilusão.




Sandro Colibri
Código do texto: T570186

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

SONETO A FLORBELA ESPANCA

Sôfrega madrugada, decrépita fechadura,
insano incômodo a lhe silenciar os versos,
sem o afeto, degenerou-se com barbitúrico;
a vida e a morte incendiaram a clausura.

Florbela murchou silenciosa e solitária.
Amar? Amar indefinidamente, sempre!
Sofrendo a dor latente, gritante, na agrura,
a dor extravasada em amargas palavras.

Obra e vida confundida, exaltada,
a poesia acalentando a alma,
e suas feridas rotuladas em seu livro de mágoas.

Sofrem os amantes desta flor literária,
a dor pungente de escarafunchar teus versos
e silenciar ao rodapé de vossos anelos.
Código do texto: T2837427
Sandro Colibri

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Castro Alves visita a favela




Cala o teu ego em meu espírito,
meu conspícuo Castro Alves,
pois teu negreiro ainda sussurra,
o açoite, a fome e outras mazelas.
Por que perturbas minha consciência?
Ouço teus passos adentrando na favela.

Voga tua poesia sobre este esgoto fétido,
a queimar-lhe as narinas,
sob o céu cinzento e em aberto.
Sob teus pés, a urina e o ranço,
de pelados e maltrapilhos;
dos herdeiros da casta marginalizada.

Clama do céu meu amigo poeta.
Roga com a beleza de teus versos,
ao teu povo tão amado e sofrido;
venha nova libertação.
Voga tua poesia silenciando o pranto,
entre as tábuas frias as lágrimas prostituídas.

Sossega teu ego em meu espírito,
enquanto adormeço fitando tua mão,
tristemente empunhando a pena.
Idos, cento e trinta e seis anos,
ainda ouves o tortuoso lamurio.
Voga tua poesia Castro Alves.

Vejo-te na favela, numa imensidão de barracos,
sobre o rastro do árduo batalhador
e dos comensais traficantes.
Vide a inocência desvanecida pelas armas,
pelo medo e pela falta de oportunidades
e voga em tua poesia, que a esperança prevaleça.



(2º Lugar Concurso Poesiarte em Foco 2007 - Rio de Janeiro)


Código do texto: T559868
Sandro Colibri

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

NICOLAU, o gatinho PALOCCIANO...

Naquele dia turvo, o mansíssimo felino da raça Khao Manee, ronronava seu tédio enquanto se espreguiçava no macio travesseiro de penas de ganso do Danúbio. No aconchegante gabinete, já estava acostumado com o movimento, com o falatório e com os mimos de seu dono.
Nicolau reinava absoluto, muitas vezes sobre a mesa bem entalhada em mogno, deitava e rolava, enquanto seu dono recitava embasbacado, toda nobreza daquela penugem branca feito neve e daquele par de olhos, azul/âmbar típico da raça.
Entretanto, neste fatídico dia, havia algo incomum incomodando o ambiente, com passos confusos seu senhorio de meia idade atravessava a saleta, rodeava a mesa, teclava incansavelmente ao telefone, enquanto o pobre bichano sucumbia ao desvario.
Em algum momento, houve um silencio e os passos confusos declinaram, agora o homem rotundo organizava a mesa dividindo-a em duas partes, do lado direito, dispusera dossiês, arquivos secretos e um prato de petiscos sabor salmão e do lado esquerdo; projetos, extratos bancários, um histórico de seu desempenho parlamentar, uma carta de demissão e um prato de petiscos sabor Caviar. Era uma obstinada esperança que brotará em seu consciente, se o Polvo Paul havia acertado tantos resultados, porque o seu belo e sabido gato não haveria de ajudá-lo naquela irreparável decisão.
Sem perder tempo acariciou Nicolau e colocou-o sobre a mesa, foram minutos angustiantes pela indecisão do amado companheiro...
Horas mais tarde anunciava-se em rede nacional: Casa Civil anuncia demissão; Gleisi Hoffmann (PT) deve ocupar a vaga.

Código do texto: T3022236
Sandro Colibri

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O chuveirinho da discórdia...

O chuveirinho da discórdia... (mini conto)


Ana era daquelas tias solteironas, avessa aos homens e seus desejos carnais. Cléo aquela sobrinha, tipo mignon, na tenra idade, avessa a qualquer proibição ou comportamento moderado. Ana, apesar de sua neura, apetecia sua insanidade momentânea debaixo de uma torrencial chuveirada, ali, todos os seus sentidos e remissões eram deliciosamente exorcizados. Cléo, a ninfa afoita pelas aventuras e delírios da mocidade, esvai-se nas copulações de sua agenda de ficantes.
Cléo, horrorizava-se! A tia esquecia-se no caloroso e prazeroso chuveirinho.
Ana, obstinada... E a cada nova conta de água ou de luz, uma nova cobrança da sobrinha.
Código do texto: T3177316
Sandro Colibri

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cego do Maio


Emerge das páginas da história,
um vulto envolto em bravura.
Salve, José Rodrigues Maio;
Varzim reverencia a tua nobre postura.

Hábeis mãos na trama da rede,
livre espírito, coração valente.
Quantas vidas, num ato abnegado,
por tua coragem foram poupadas.

Atirando-se no mar bravio,
sem temor enfrentando a correnteza,
inspirou os gestos de um povo gentil,
concebê-lo a imagem de vossa grandeza.

Um busto forjado com orgulho,
para glória de um singelo pescador;
medalhas, diplomas, a Torre e Espada,
tributos que comprovam o teu valor.

Em mil, oitocentos e oitenta e quatro,
no céu fez-se soar uma trombeta
e partiu o Cego do Maio,
entre anjos, aclamado em sua última tormenta.

Tantos foram os seus feitos,
que assim está exposto,
no centro da grande praça,
contempla-se o belo rosto.

Como antes, ainda vigia,
com os olhos da grande águia.
Santo seja, benemérito salva-vidas!
Santo seja, glorioso Cego do Maio.

Sandro Colibri em 27/09/2007Código do texto: T671270

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Desagravo poético pela humanidade



Eis-me aqui,
no lodo de meus pensamentos,
envolto em minha insanidade temporária.

Sou Deus, apontando teus erros.
Teu pecado envergonha-me,
dei-lhe o mundo e o destruístes,
dei-lhe a vida e de outro a roubastes,
dei-lhe a inteligência
e com ela construístes armas de destruição em massa.
Dei-lhe o pão e com quem tens dividido?
Teu ódio aniquilou minha presença,
tua revolta, aproximou-te do mal,
tua indecência causou-me asco;
vedes; doenças, preconceito, fome...
E como não lembra-lo dos filhos que te enviei,
contudo, em tua ignorância... Desprezastes!
Tua inveja despertou minha irá,
tua prepotência, minha indignação,
porém, em minha benevolência,
estendo-lhe novamente a mão.
Entretanto, não lhe darei outros mandamentos,
nem lhe farei ouvir novos ensinamentos...
Dar-te-ei somente um espelho fosco,
para que em tua imagem não vejas vaidade;
mas a beleza desta vida que vós concedo.

Eis-me aqui, um poeta,
digerindo os venenos da humanidade...
Oscilando entre o céu e o inferno,
temeroso do julgamento de meus pares,
todavia, há de ser breve a agonia.
E que se multiplique sobre a terra,
os homens de boa vontade.
Eis-me aqui,
diante de leões e carrascos,
a vislumbrar os anjos que me aguardam.
por Sandro Colibri em 12/04/2007
Reeditado em 11/01/2010
Código do texto: T447157

terça-feira, 4 de outubro de 2011

AQUELE BEIJO.


Quando beijavas, docemente,
a língua delicada e ávida,
de lábios ávidos, ardentemente
desejavas o mel da vida
e a respiração ofegante,
no enlace daquele abraço, único
e úmido permanecia o desejo
e o peito arfava ansiedades.
Beijavas a flor lasciva
e naquele olhar flamejante,
deixavas um querer absoluto;
língua confrontando língua
e dividindo sabores e malicias:
E enquanto beijavas, desejavas sempre mais.
Sandro Colibri
Código do texto: T3255607

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Quando cessaram as cores.



Quando cessaram as cores.

Quando cessaram as cores...
O preto que eu conhecia,
deu lugar ao negro escuro do medo.
O colorido ficou cinzento,
perdeu-se o verde das florestas,
dos jardins multicores em varias flores;
o azul celeste do céu
e o azul_verde_água... Mar!
Perdeu-se o verde brilhante e apaixonado do teu olhar.
Quando cessaram as cores...
A ausência do vermelho,
deu-me lágrimas de sangue!
Que deslizavam em minha face, sem cor...
Ungindo a terra;
que eu percebia e lembrava,
outrora marrom, agora simplesmente enegrecida.
O amarelo glamoroso,
apagou-se com o sol;
o limão e o laranja, foram-se com ele,
perdendo o tom...Tudo é negro!
Quando cessaram as cores...
Na ausência da visão...
O tato, o paladar, a audição e o sofrimento...
O mundo não reconhece a minha limitação.


Enviado por Sandro Colibri em 26/02/2007
Reeditado em 20/01/2010
Código do texto: T394542

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O 7 cordas


O 7 cordas

Código do texto: T453517

E quando a cidade anoitece,
eu faço uma prece no meu violão,
esqueço os calos da vida,
cantando os sambas do Adoniran.
Relembro dos bailes de gala,
das lindas morenas
e do velho trem.
Confesso antigos pecados
e peço perdão pelos novos também.

Mas quando a cidade anoitece
e o meu companheiro começa a vibrar.
Eu deixo a modéstia de lado
pois num sete cordas não dá pra enganar.
É ele que encanta a morena
e faz baixaria na minha canção,
é ele que marca o compasso
e seguro no alto, refina o bordão.

E quando a cidade anoitece,
este amigo estremece o meu coração.



Autor: Sandro Colibri - SP - março de 07

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

emBALA-me...

Em teus braços, nesta tua fúria embala-me,
pois, sou refém, servo obediente a sua lascívia
e no aconchego de suas coxas repouso,
absorvo o femíneo perfume, logo, enlouqueço.

Estou teso sob o vosso úmido litígio,
não há respaldo, nem altercação,
é por tua vontade, tua fome insaciável,
que meu fôlego revigora e meus olhos brilham.
Então, embala-me em sua volúpia,
roça-me o rosto em teus seios fartos,
que em seus lábios envaideço minha rigidez.

Outrossim, vens a teu fiel serviente,
cavalgar este ardente e lúbrico desejo,
que sob teu corpo apenas aceito o ritmo,
mantenho-me rijo, permaneço acossado,
e serei músculos e nervos explodindo!

Por teu gozo, embala-me sem discrição,
usando e abusando de minhas conveniências,
usurpa-me todas as sensações e delírios
sentenciando-me a servidão omnipresente a teu orgasmo.
Código do texto: T3018100
Sandro Colibri

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Renúncia _ (Por quem tua mãe chorava?)


Três tiros...
E o silêncio era de morte,
um anjo cantou meu nome,
enquanto minha mãe chorava.
Oh, dor cruel, dor insolúvel!
Quem consola minha mãe?
Levem-na, antes que meu corpo apodreça,
diante de seus olhos tão cansados.
Eu recusei os seus conselhos.
Eu zombei de suas preces.
E agora, como posso!?
Como enxugar as lágrimas em sua face?
Troquei o seu sorriso e seus carinhos,
por um punhado de maconha;
joguei no esgoto o seu orgulho,
e sua esperança, e sua revolta...
_ Por Deus! Levem-na daqui.
Ela sofreu meus desencantos,
chorou meus desesperos
e sufocou na alma o meu desprezo.
Não suporto sua imagem de sofrimento.
Não admito este compadecimento voluntário
e ignóbil de terceiros.
_ Pobre mãe, chora agora teu filho nóia.
_ Por Deus! Levem-na daqui.
Pois, só agora reconheço:
A ruína na qual sucumbi, não foi a do castelo,
que ela sonhou para mim...
Eu pereci nas drogas que consumi,
renunciei meus sonhos,
isolei meus estimados amigos,
abandonei a escola e reverenciei o vício.
Três tiros...
E o silêncio era de morte...
Oh, dor cruel, dor insolúvel!
Perdoa mãe!
Agora, levem-na daqui.
Logo chegaram os legistas (se chegarem);
pois não quero que ela assista,
neste circo de morte, meu último ato,
onde vermes e insetos também serão fotografados.

Sandro Colibri
Enviado por Sandro Colibri em 29/12/2009
Código do texto: T2001689

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Por detrás da muralha. (Poema Síntipo nº 03)

fonte imagem: foto reprodução internet/ autoria em pesquisa.


As lembranças isoladas eram fúnebres,
descortinavam as cinzas dos casebres,
no olhar malicioso e na fronte grisalha
e o traje que ali vestia-lhe feito mortalha.

Sorrisos irritadiços do antigo conservatório.

O chão de lágrimas fenecia escorregadiço,
enquanto o velho resmungava atormentadiço,
velhos telhados ladeavam o silente confessório
e todas as trevas de seu mundo ilusório.

Assombros e pecados de um velho Abade canalha.


Texto baseado no estilo criado pelo escrito português Fernando Oliveira.

Reeditado em 26/08/2011
Código do texto: T3183817
Sandro Colibri

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Poesia; Palmares... Zumbi.

Fonte imagem: Joaquim Junior/ internet/pastoral


Sempre negro,
filho do preconceito, sim!
Mas exijo respeito enfim.
Quero dignidade,
que meus filhos se orgulhem de mim.
Nas lembranças,
misturam-se dor e esperança,
fé na crença
sem grilhões e correntes,
e o povo negro que dança.
Liberdade pro negro enfim;
Poesia; Palmares... Zumbi.
O negro sonhou.
O negro lutou.
Liberdade... Liberdade.
Mas que homem é este?
Que diz que o negro é tão diferente.
Que diz, este negro não pode ser gente.
Por que minha cor, te ofende assim?
Sou negro sim!
Tenho orgulho sim!
Sou o grito forte de liberdade,
sou Palmares.
Sou Zumbi.

Ensaios by: 09/12/03.

LEIA TAMBÉM o texto "CHORA MÃE ÁFRICA".

Muito obrigado pelas 5 mil leituras deste texto_ em minha escrivaninha no Recanto das letras, um grande beijo no coração de todos... (S.Paulo, 27/05/2011)

Reeditado em 17/08/2011
Código do texto: T1049752
Sandro Colibri

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Momento insanidade (Poema Síntipo nº 04)

fonte imagem: sociedadeativateatro


Minha insônia trás um processo vexatório
de pernas inquietas sobre o colchão purgatório
e pálpebras neuróticas a mirar o teto,
um mortiço silencio condena qualquer objeto.

A ironia possui 127 volt de luminosidade.

Minha neura denota um momento oscilatório,
entregas ao êxtase, intrigas sem repertório,
versos credenciam meu terreno movediço,
o cansaço flagela, o corpo é submisso.

A poesia impera oferecendo legitimidade.



Texto baseado no estilo criado pelo escrito português Fernando Oliveira.
Sandro Colibri
Código do texto: T3184000



Rio de Janeiro, uma cidade sitiada! (Poema Síntipo - nº 02)

fonte imagem: foto reprodução / caxiasdigital.com.br


Na cidade maravilhosa mais um cenário de violência,
crianças são chacinadas sem oferecer resistência,
e tamanha afronta e covardia diante da sociedade,
é o fruto do descaso perante a criminalidade.

Mas o Rio de Janeiro continua sendo...

E no CRISTO um símbolo de generosidade,
braços abertos, comoção e solidariedade
e o morro policiado conforme a conveniência,
anjos continuarão morrendo, é só outra evidência.

Lágrimas e sangue, e uma justiça alijada!

código do texto: T2897167
Sandro Colibri

Da Vinci, pintou o amor. (Poema Síntipo - nº 01)

Mona Lisa (ou La Gioconda) é uma famosíssima obra de arte feita pelo italiano Leonardo da Vinci.
Da Vinci, o mestre que retratou,
a beleza que DEUS sublimou,
na face perfeita da musa de Florença,
a mais bela flor da renascença.

Matizes geniais, colírio dos deuses.

Monalisa, de mistérios e descrença,
tal grandeza outra musa não alcança,
na obra celestial que a historia emoldurou,
sobrevive a centelha que o gênio consagrou.

Magistral sentimento que fundamenta seu labor.


Texto baseado no estilo criado pelo escrito português Fernando Oliveira.
Código do texto: T2895317
Sandro Colibri

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Crise financeira (RONDEL)


Sou sádico, no sarro ironizando,
a corda fraca que arrebenta,
do lado podre; escravizando,
sempre o pobre, quem agüenta?

É duro, o salário mínimo saturando,
no estica e puxa que apoquenta.
Sou sádico, no sarro ironizando,
a corda fraca que arrebenta.

Tão frágil que sugere dolo,
o pouco que sobra no bolso,
pois multas e juros; fazem o tolo,
roendo no fim insosso osso,
sou sádico, no sarro ironizando.

Código do texto: T448432
Sandro Colibri

Isolamento social (RONDEL)

fonte imagem: comunideia.blogspot.com


Caramba, é drama ou comédia,
essa porra de vida moderna.
Trabalhar duro, todo santo dia,
desde o primórdio do homem da caverna.

Aprender e construir para sobreviver,
crescer na lógica, pelo saber e pelo poder.
Caramba, é drama ou comédia,
essa porra de vida moderna.

Tecnologia a serviço da humanidade,
telefonia, televisão, computador,
dizimando os preceitos de sociedade,
o que houve, com o abraço e o aperto de mão.
Caramba, é drama ou comédia.


*Como 1º obra do gênero por mim escrita, toda critica será
valida e vista como alicerce para o meu aprendizado... Beijo no coração de todos.
Código do texto: T436490
Sandro Colibri

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

POBRES HUMANOS; SÊ HUMANO.

Pobres humanos; sê humano,
patéticos canalhas que se divertem
diante da dor do outro em aflição,
de muitas famílias na desolação.
Estúpidos incapazes capazes do escárnio,
riem nas mensagens conturbadas
sem qualquer amor próprio ou solidariedade,
são ocultados no véu da anominidade.

Pobres humanos; sê humano,
turvam suas mentes em letras insanas,
rindo a fragilidade humana,
sob o rito da violência e da fatalidade.
Homens e mulheres dignos do asco,
cuspindo suas sandices, suas bravatas
nas páginas online com pressupostas comentadas,
quem és tu, um tolo alfabetizado.

Pobres criaturas, sem ternura, sem aptidão,
escravos da própria sanha,
infelizes almas em vida vã,
mentes perturbadas; vide quem és!
Risos enfraquecidos forjam falsa moralidade,
titubeiam palavras sem fundamentação,
portanto, sofrem agora nesta verdade.
“São covardes, fracos e sem coração.”

"O texto foi inspirado na ação covarde de alguns usuários do site de noticias TERRA, que se utilizando do anonimato, prevaricam fertilizando suas anomalias com comentários maldosos e desnecessários a razão humana."



Código do texto: T2185617
Sandro Colibri

Psico_traços (Juventude Imatura II)

"Outrora, foi um entre milhares num jato de porra, vencestes a batalha;
então, por que choras na derrocada de uma unha encravada".
Código do texto: T1411942
Sandro Colibri

Psico_traços (Juventude imatura)

"Amor, não é a loteria das rapidinhas no banco detrás do carro,
sob o efeito relâmpago do despreparo e um Red Bull".
Código do texto: T1407715
Sandro Colibri

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A FARSA e a FARSANTE...

fonte imagem: nattallya.wordpress.com


Tu, esnobe farsante, escriba de letras,
usufrui de um preceito, age na confiabilidade,
contudo, falta-lhe o melhor, a moralidade,
tua ousadia tão bem exposta na VERDADE,
não a tua infeliz e desgovernada Verdade,
mas aquela roubada dos versos de Drummond.

Tu, indigna MENTE e fiel copista,
conquista com garbo a distinta menção,
no leviano subsídio que agora lhe acompanha,
eis a vossa recompensa neste "encontro virtual"
teu bom engenho não preenche a LACUNA,
há sim muita pobreza em tua alma,
não poética, apenas apática,
trilhando caminhos e buscando brilho,
com palavras que não lhe pertencem.

O novo ou o NEO, deve ser criado,
contudo, como poderia tal FARSANTE,
declinar da FARSA, fugir ao dolo...
Haverá remédio para falta de moral?

PS: "A mentira dá flores, mas não frutos." (provérbio)


Sandro Colibri Código do texto: T2906862

Psico_traços (Mentira III)

"O que será de ti, se tuas verdades te contradizem num sopro do vento".

Código do texto: T1358540
Sandro Colibri

Psico_traços (Mentira II)

"A mentira é o lastro do farsante, todavia,
no futuro tornar-se-á seu próprio cadafalso".
Código do texto: T925346
Sandro Colibri

Psico_traços (Mentira)

"Palavras manquitolando na farsa,
o sujeito; oculto no verbo,
não tarda surge à verdade,
a quem conspirava no intelecto."

Código do texto: T422419
Sandro Colibri

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A vida é um porre !


Sob o teto nada havia,
todavia, uma mesa repleta de cerveja,
garrafas vazias; cheias de agonia.
Na cadeira recostada, o corpo cansado.
Um copo quebrado; sangrando o corte,
lavando a alma no último gole.
A vida é um porre!
E o relógio na parede, cúmplice e testemunha;
ao mesmo tempo à marcar o tempo,
o girar do ponteiro, do tic-tac barulhento;
do meu lamento.
Bebo! Bebo todas até a última gota,
no ensejo de estancar no peito,
meu sofrimento.
Sangra a alma, sangra o dedo.
No chão manchado; vejo os cacos... O tempo não passa.
Sob o teto nada havia,
todavia, no chão de pedra-fria,
os pés descalços e a cadeira,
firme e companheira,
na agonia de suportar meu peso.
E dói na carne, o corte no dedo... Sangrando.
Dói na cabeça... Pensando.
A vida é um porre!
No telhado, um gato sob as estrelas vagabundeava.
Ria-me desaforado com seu miado rasgado... Diabo de gato.
Sob o teto nada havia,
todavia, apenas um homem,
bebendo a dor que o consumia.
A vida é um porre!
Sandro Colibri
*
Reeditado em 12/08/2011
/
Código do texto: T268574
03/02/05 – 04:58h ( made in Insônia.)

Psico_traços (suicida)

"Vez em quando a morte me sorri ironicamente,
escamoteia minha mente,
desespera minha alma
e urge nas embalagens de tarja preta.
Ingrata como a própria sorte,
esvai-se num precipício soturno...
Diante da ruptura dos laços metafísicos;
respiro e agradeço... Deus é maior."

Sandro Colibri em 16/07/2007Código do texto: T567516

Psico_traços (angústia)


"Agonia que asfixia, no medo, cego enredo, surdo-mudo sentimento; surreal camafeu a oprimir o peitoral."

Código do texto: T2063643
Sandro Colibri

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Vergonhoso S.T.J.

Em minha visão dantesca,
há benesses á lograr a justiça;
no Sentido Tacanho e Jocoso,
a complacência do absurdo,
reafirma a velha máxima:
"Quando estamos fora, o Brasil dói na alma, quando estamos dentro dói na pele.” (Stanislaw Ponte Preta)
... Nada muda como DANTAS!


Sandro Colibri em 23/07/2008 Código do texto: T1094413

EU, CEGO?

" Na cegueira de meu desamor encontrei o caos, todavia, hei de recuperar a visão... Em minh'alma guardo o colírio de minhas alegrias."

Sandro Colibri
Código do texto: T1486341