terça-feira, 1 de novembro de 2011

O oráculo dos mentirosos.



Ousa um pobre histrião,
enaltecendo-se fisicamente no PC.
Caça faminto; a jovem indefesa,
logrando os fatos da própria beleza.
É louro, lindo e rico,
um Lord enfeitando a tela,
protegido pela vã virtualidade,
foge a realidade e no teclado exagera.

Finge a jovem iludida,
vestindo os fetiches do infeliz.
E ela que ao espelho se faz simpática,
virtualmente transforma-se em miss.
Pactua inverdades no bate-papo,
brinca, excita, exaspera
e de uma bela mariposa outrora caçada,
surge a rainha que ao zangão dilacera.

Envoltos nos sortilégios pré-conquistados,
partem ambos ao fatídico encontro.
Apresenta-se o príncipe metamorfoseado,
um sapo, perdido e verborrágico.
Ela mal-ajambrada e mitigada,
disfarça-se na intrépida maquiagem
e devoram-se pela falaciosa anedota,
pois, a moral da estória logrou a malandragem.

Nas controvérsias da ocasião,
temos um ex Narciso constrangido
e uma Nereida de face amarga;
ambos pelos Deuses, desprotegidos.
Um Romeu e uma Julieta em extrema alusão,
uma Feona e um Ogro, exaltando a animação,
experimentando o próprio veneno,
confrontam na mentira, as facetas da ilusão.




Sandro Colibri
Código do texto: T570186

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